5 de junho de 2011

Educação financeira, qual o caminho?



Por Fabrício Oliveira*

Muito se fala em finanças pessoais, dívidas, parcelamentos, descontos, em fim, uma série de temas  discutidos  em diversos âmbitos,  seja no botequim da esquina, na roda de amigos ou em reuniões no trabalho. E como se fala em educação financeira! Como conseguir um equilíbrio adequado para os orçamentos familiares? Onde encontrar a fórmula milagrosa para as receitas vencerem as despesas é o X da questão.


Com o avanço da economia e o crescimento do PIB  na casa dos 4% ao ano e com baixos níveis de desemprego segundo o DIEESE, constata-se um consumo fenomenal do brasileiro, parcelas em 12, 24 e até 36 meses, é o que se mais vemos no comércio. Bom, ai é que mora o perigo! Quando compramos parcelado, os juros estão embutidos muitas vezes no valor do produto, enquanto quando compramos á vista conseguimos barganhar descontos e até o valor real do produto.

As facilidades são inúmeras para comprar, basta estar com o CPF limpo que até bens duráveis são adquiridos com pouca burocracia. Para quem quer começar engatinhar com uma boa educação financeira vou dar algumas dicas importantes, comesse relacionando tudo, eu disse tudo o que você gasta diariamente, semanalmente, mensalmente. Depois relacione o que ganha e cruze os dados, veja agora  a sua situação.

Depois veja o que você tem de prestações e tente não fazer mais nenhuma, observe se o que compra é realmente de utilidade naquele momento. Esconda os cartões de crédito, esta atitude radical é muito importante para ter uma saúde financeira satisfatória. Comece a comprar á vista todas as compras que antes fazia com o cartão de crédito ou no crediário, programe melhor  todas as suas compras.

E o mais importante!  Deixe que as prestações do mês fiquem em torno de 30% da sua renda, não passando disso. Poupar sempre, temos que ter reservas para emergências, nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Essas dicas não são regras, mas, fortalecem o controle financeiro. Com estas simples atitudes você não ficará um especialista no assunto, mas é um passo inicial para equilibrar seu orçamento. 

*Fabrício Oliveira é formado em Administração, pós graduado em Gestão Financeira Auditoria e Controladoria. Atualmente trabalha como gerente na farmácia Pague Menos.
http://twitter.com/#!/JFabriciolima

12 comentários:

  1. José Carlos

    Cartões de crédito, para mim esse é o grande vilão. Tenho tentado comprar tudo a dinheiro (espécie) e evitar esse tal do dinheiro de plástico, que em primeiro momento aparece como solução e em seguida se torna um problema imenso. Acho que educação financeira deveria começar nas escolas ensinando nossas crianças.

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  2. E isso aí caro Jose Carlos, os cartões de créditos e um falso dinheiro no momento da compra. Temos que ter bastante cautela. Obrigado pelo comentário.

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  3. Além dos cartões de crédito que oferecem uma falsa sensação de poder de compra, estar ciente de que é necessário poupar, guardar dinheiro e não gastar tudo o que ganha, é com certeza um fator importante. Tento realizar minhas compras a vista sempre, mesmo possuindo cartões de crédito.

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  4. O comércio sempre estará buscando ferramentas de sedução pra atrair o capital, devemos estar sempre atentos a essa forma de alienação que vem camufladas em facilidades de consumo tal como o cartão de crédito. Concordo com o que foi postado por Fabrício: o segredo é administrar os bens necessários e realizar compras à vista sempre que possível.( ps.. isso pra mim é uma missão quase que impossível. rsrsrsrs)

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  5. Comecei a fazer isso: anotar tudo e só comprar à vista! Muito importante esta atitude que vai gerar mais adiante grandes resultados para minha vida. Valeu a dica !

    Leila Nunes

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  6. Por aqui tive que me acostumar com uma nova realidade, onde a mulher tem papel fundamental nas finanças familiares. Somos responsáveis por fazer o famoso pé de maia da familia, compras na maioria das vezes só em dinheiro, cartão é pouco utilizado. São as diferenças entre Brasil e Itália.

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  7. Fabrício, Vejo da seguinte maneira muitos tem o vicio de gastar mais do que ganha, tornando sua vida um caos e se afogando em dividas. O cartão passa a ser uma saída para manter as despesas do lar!

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  8. Que fase mais gostosa essa do Balaio de Informações, abrir as portas do Blog, para que outros possam expressar suas opiniões e demais!!! Sobre o post do meu amigo Fabrício, acho que ele bateu na ferida e chegou ao ponto central da questão. Parabéns e saiba que as portas estarão sempre abertas, para as suas ideias e textos maravilhosos!!!

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  9. Ser organizado, programando seus gastos e respeitando sempre a sua receita, tendo como base não gastar mais do que ganha! Mantendo uma relação controlada com seus cartões de crédito e ter em vista que nos dias atuais é necessário evitar o desnecessário, pode ser a receita de sucesso que tanto se busca quando o assunto é Educação Financeira.

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  10. É realmente muito difícil se conter diante de tanta tentação. Concordo que precisamos evitar compras desnecessárias, inclusive adotei a prática de sair de casa sem os cartões, fica mais fácil, também é necessário fazer uma reserva financeira, para algum tipo de imprevisto.
    No entanto, quando se trata de algo mais oneroso, não tendo alternativa, entra o cartão em ação, com as numerosas parcelas.rsrsrs

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  11. André Vital

    É com base nesse raciocínio que tento mudar muita coisa na minha vida financeira, cartões nem pensar, coisas sem necessidade tô fora, só gasto com o que realmente é de urgência. A palavra mais eminente em minha vida é "Poupar".

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  12. Gosto de comprar, mais preciso economizar... o que fiz? Quebrei todos os cartões de crédito e tenho apenas um pra emergências... e se precisar usá-lo terei certeza que só virá uma fatura por mês... e ainda, saberei o valor exato dela! Essa é uma forma de controlar... Mas isso não é tudo. Negócio melhor, é aquele, feito, e concluído no ato!

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